quinta-feira, 2 de março de 2017

Então, o que é possível?




    Protágoras defendeu que "O Homem é a medida de todas as coisas". Comparando com a música Encontros e despedidas de Milton Nascimento, é possível considerar três interpretações: histórico-político, espiritual e sócio-afetivo.
A mensagem que esta música passa, é pra mostrar que nada é eterno, nem mesmo as pessoas com o qual convivemos. O sentimento quando verdadeiro, pode sim ser eterno, mas, não as pessoas.
Partindo do referencial de Protágoras, ele passou a deixar de pensar na natureza e começou a colocar o homem no centro do pensamento, onde toda essa ideia depende da experiência pessoal.
De fato, com Sócrates, através da frase: " Conhece-te a ti mesmo", há uma mudança significativa no rumo das discussões filosóficas sobre a verdade e o conhecimento.
Os primeiros filósofos estariam preocupados em encontrar o fundamento (arké) de todas as coisas. Sócrates está preocupado e interessado em nossa relação com os outros e com o mundo. Mas, Sócrates nada escreveu!
Entender o significado dessa frase como uma estratégia mais geral do cuidado de si como um ocupar-se menos com as coisas e passar a ocupar-se consigo mesmo. Mas, porque ocupar-se consigo mesmo? Encontrarei a verdade? Obterei respostas? Mas quais verdades? E quais respostas?
Esse ato de conhecimento introspectivo é capaz de promover a auto transcendência. Conhecer a si mesmo para saber como modificar sua relação consigo, com os outros e com o mundo. Só sei que nada seu, um salve a multiplicidade de perguntas que dá a luz ao conhecimento como uma arte de partejar (maiêutica), assim fazendo com que a procura de verdades universais sejam, o caminho para a prática do bem e da virtude.
Juntamente com seu mentor Sócrates, Platão ajudou a construir os alicerces da Filosofia Clássica. Defendia racionalmente a realidade em dois mundos diferentes: o mundo sensível/mutável e o mundo suprassensível/estável como o Corpo x Alma.
Nessas teorias de ideias, há uma conexão metafísica entre: a visão do olhar da alma e o objeto em razão do qual tal visão, não existe. O ver da inteligência, capta formas inteligíveis, que são as essências puras do bem, do belo, etc...
Então, o que é Alma? 
Alma é vida. É um conjunto das atividades imanentes à vida (pensamento, afetividade e sensibilidade). A partir daí Aristóteles dominou verdadeiramente o pensamento da época: Potência x Ato. A potência está onde uma coisa tende a ser outra, isto é, sua semente produz uma árvore com potência. O ato, já está realizado, sua árvore é uma semente em ato.

Então, o que é possível? O que é realizável? Se a mesma alma têm potências, ela precisa de condições para se tornar ato? Qual é a condição?
Aplique questionamentos socráticos, concilie com o oposto deles e descubra suas potencialidades ainda não desenvolvidas. 

Se desconstrua para se conhecer!


Escrito por: Fernanda Vilela - fernandadesouzavilela@gmail.com

Aula de História da Psicologia com a Professora/Terapeuta Ocupacional: Ana Fernanda Galvão - Faculdade Pitágoras Unidade Divinópolis-MG . Data: 02/03/2017.


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