Cada vez que ouço a sua voz ao telefone, antes mesmo que eu perceba, um sorriso quase patético já ocupa minha cara. Aliás, está tudo na minha cara. É quase ridículo, de tão óbvio. Está na minha cara que você me ganhou sem esforço, e você sabe disso.
Você já sabe que eu quero te ver por muitos dias da minha vida. Então aproveite pra saber também que eu quero você de presente em todos os meus aniversários.
Caramba, que situação. Eu não consigo sequer disfarçar que você me desarma. Você sabe que eu não consigo fugir do seu sorriso fabuloso. Por sua causa, eu até recorro novos adjetivos nesse meu vocabulário pobre. E por falar em vocabulário, quem ainda usa “fabuloso”? Nossa, que cafona. Tão cafona quanto a própria palavra “cafona” e quanto eu me sinto agora.
Confesso que desde o começo eu desconfiava que iria me encantar por você.
Você me ganhou e sabe disso. Você sabe que se me chamar, não precisa pedir duas vezes: eu simplesmente vou. E quando você faz piada de tudo – e suas piadas são as melhores e mais infames – você sabe que eu vou rir como nunca.
Como é que eu faço, agora que você apareceu e acabou com minha falsa impressão de que estava tudo bem? Eu até conseguia me enganar e dizer que estava tranquilo, mas, puta que pariu, você mal chegou e já me balança todo. E sabe o que é pior? Você sabe disso. É você quem me deixa tão patético e tão cafona, e também tão leve e tão absurdamente feliz.
Aposto que você tá rindo de mim e das coisas que falo, né? E a imagem de insensível que eu não deveria transmitir, onde fica?
Pare um pouco. Vamos refletir!
Até onde essa tal de intensidade é saudável?
Deixe seu comentário...
Autora: Fernanda Vilela
Nenhum comentário:
Postar um comentário