quinta-feira, 2 de março de 2017

Mas, afinal, o que é ser demissexual?

Demissexualidade é o termo utilizado para descrever uma forma de relacionamento peculiar, onde a atração sexual só aparece depois de estabelecido um vínculo psicológico, intelectual ou emocional (ou tudo isso junto) com o parceiro. 
Para ilustrar, considere essa comparação: um sapiossexual - conforme abordado nesta matéria - sente atração sexual por pessoas inteligentes, deixando de lado características físicas e padrões de beleza, enquanto que o demissexual nem está pensando em sexo! 
Difícil, se imaginarmos os jovens modernos, apressados e preocupados quase que exclusivamente com a satisfação sexual, não é mesmo? Mas os demissexuais existem.

Sexo, somente depois do amor...
Quando as pessoas escutam ou leem sobre demissexualiadade geralmente imaginam que seja algo bastante comum, afinal de contas o amor continua sendo importante para o sucesso de um relacionamento. O erro desse raciocínio reside no fato de que as pessoas querem, via de regra, se envolver sexualmente com seus parceiros. Isso pode acontecer no primeiro, no segundo ou no décimo encontro, por exemplo. Não é o fator temporal que determina se uma pessoa é ou não demissexual, mas a maneira como ela enxerga o contato humano.
Para se ter uma ideia, a demissexualidade é uma zona de indefinição localizada entre os assexuais (que não possuem nenhum interesse em sexo ou mesmo repudiam a prática sexual) e os alossexuais (que podem se sentir atraídos sexualmente por qualquer outra pessoa). Os pervertidos de plantão estão absolutamente fora dessa categoria. Também não há espaço para pessoas que ficam por ficar, prática muito corriqueira nos dias atuais. A explicação é simples: para um demissexual, a conexão é o mais importante.
Conexão é, por sinal, a palavra-chave para entender demissexualidade. Tudo depende desse vínculo quase transcendente com o parceiro. E, de certa forma, a conexão é o que dá prazer aos demissexuais. O sexo surge depois, bem depois. Talvez seja justamente por isso que os demissexuais recebam uma torrente de críticas, questionando se tudo não passa de um problema psicológico ou coisa parecida. Fato é que os demissexuais estão por aí, perdidos no meio da multidão.
Eles amam intensamente e definitivamente não estão procurando por sexo.
Texto por: Fernanda Vilela
Facebook: @inexoravelmente


Então, o que é possível?




    Protágoras defendeu que "O Homem é a medida de todas as coisas". Comparando com a música Encontros e despedidas de Milton Nascimento, é possível considerar três interpretações: histórico-político, espiritual e sócio-afetivo.
A mensagem que esta música passa, é pra mostrar que nada é eterno, nem mesmo as pessoas com o qual convivemos. O sentimento quando verdadeiro, pode sim ser eterno, mas, não as pessoas.
Partindo do referencial de Protágoras, ele passou a deixar de pensar na natureza e começou a colocar o homem no centro do pensamento, onde toda essa ideia depende da experiência pessoal.
De fato, com Sócrates, através da frase: " Conhece-te a ti mesmo", há uma mudança significativa no rumo das discussões filosóficas sobre a verdade e o conhecimento.
Os primeiros filósofos estariam preocupados em encontrar o fundamento (arké) de todas as coisas. Sócrates está preocupado e interessado em nossa relação com os outros e com o mundo. Mas, Sócrates nada escreveu!
Entender o significado dessa frase como uma estratégia mais geral do cuidado de si como um ocupar-se menos com as coisas e passar a ocupar-se consigo mesmo. Mas, porque ocupar-se consigo mesmo? Encontrarei a verdade? Obterei respostas? Mas quais verdades? E quais respostas?
Esse ato de conhecimento introspectivo é capaz de promover a auto transcendência. Conhecer a si mesmo para saber como modificar sua relação consigo, com os outros e com o mundo. Só sei que nada seu, um salve a multiplicidade de perguntas que dá a luz ao conhecimento como uma arte de partejar (maiêutica), assim fazendo com que a procura de verdades universais sejam, o caminho para a prática do bem e da virtude.
Juntamente com seu mentor Sócrates, Platão ajudou a construir os alicerces da Filosofia Clássica. Defendia racionalmente a realidade em dois mundos diferentes: o mundo sensível/mutável e o mundo suprassensível/estável como o Corpo x Alma.
Nessas teorias de ideias, há uma conexão metafísica entre: a visão do olhar da alma e o objeto em razão do qual tal visão, não existe. O ver da inteligência, capta formas inteligíveis, que são as essências puras do bem, do belo, etc...
Então, o que é Alma? 
Alma é vida. É um conjunto das atividades imanentes à vida (pensamento, afetividade e sensibilidade). A partir daí Aristóteles dominou verdadeiramente o pensamento da época: Potência x Ato. A potência está onde uma coisa tende a ser outra, isto é, sua semente produz uma árvore com potência. O ato, já está realizado, sua árvore é uma semente em ato.

Então, o que é possível? O que é realizável? Se a mesma alma têm potências, ela precisa de condições para se tornar ato? Qual é a condição?
Aplique questionamentos socráticos, concilie com o oposto deles e descubra suas potencialidades ainda não desenvolvidas. 

Se desconstrua para se conhecer!


Escrito por: Fernanda Vilela - fernandadesouzavilela@gmail.com

Aula de História da Psicologia com a Professora/Terapeuta Ocupacional: Ana Fernanda Galvão - Faculdade Pitágoras Unidade Divinópolis-MG . Data: 02/03/2017.